quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Crítica: Nocaute

 Nocaute nos traz a sensação de ringue e a urgência da próxima luta. Com um começo arrebatador dentro da luta inicial, o filme começa nos mostrando a impetuosidade e agressividade de Billy Hope (Jake Gyllenhaal), um homem imprevisível que vê na sua mulher Maureen (Rachel McAdams), a paciência e racionalidade que lhe falta. Com uma família unida, uma casa luxuosa, dinheiro, Nocaute nos mostrava uma narrativa muito diferente da qual estamos acostumados, mas com uma virada inesperada de roteiro, temos então o filme feito para Jake Gyllenhaal.
  A partir do segundo ato vemos o mundo de Billy ser destruído, perde dinheiro, respeito, a admiração da filha e a sua guarda, fazendo com que a menina perca a esperança de um dia poder ficar com o pai. Após essas mudanças, o filme passa a nos apresentar a clássica jornada do herói e assim vemos o crescimento de Gyllenhaal e é nesse momento que passamos a imergir na história do filme.
  Com um roteiro, por vezes, previsível, uma direção ágil mas sem elementos que nos tragam surpresa, Antoine Fuqua consegue nos trazer cenas que deixariam qualquer lutador de UFC boquiaberto com as imagens. O filme possui grandes atuações como Forest Whitaker, que faz o treinador redentor de Hope e Oona Laurence, que interpreta Leila a filha do boxeador, mas com certeza o filme foi feito para Jake Gyllenhaal e talvez pela atuação dele esteja aí as chances do filme nas premiações que estão por vir.
  Nocaute é um filme com uma história já contada, com clichês e a previsível jornada do herói, um filme sobre redenção, com um ator que nos leva a esquecer disso nos fazendo torcer e odiá-lo por vezes. Jake Gyllenhaal, toma o filme para si, nos leva para o ringue e nos deixa esperando pela vitória do personagem.